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GT 2 - Identidades de gênero, sexualidades e suas interfaces. (envio de trabalhos: grupodetrabalho2sacs@gmail.com)

EMENTA: Esse grupo de trabalho pretende reunir estudos que discutam as construções/desconstruções de gênero, expressões de sexualidades contemporâneas, masculinidades, interseccionalidades, práticas institucionais generificadas e violências de gênero, de modo a refletir sobre a produção de pesquisas neste campo de conhecimentos/saberes, bem como sobre os desafios para a afirmação de direitos nos âmbitos de gênero e sexualidade no atual cenário brasileiro.  A finalidade da referida proposta é que as discussões oriundas de gênero e sexualidades possam trazer à tona os campos discursivos do estado da arte, em torno da produção das (des)igualdades entre os sexos e vivências da sexualidade, e os campos de intervenções das políticas públicas de enfrentamento e combate às discriminações e violações de direitos, operando em diversas dimensões da realidade social, a exemplo da educação, trabalho, política, economia, religião e cultura e  marcadores identitários como raça/etnia, classe social, geração, dentre outros.

PROPONENTES DO GT

 

MARY ALVES MENDES, Doutora em sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais – DCIES, da Universidade Federal do Piauí -UFPI. Atua no campo dos estudos de gênero e sexualidade. Endereço de acesso ao Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/0752973108859480 

 

ROSSANA MARIA MARINHO ALBUQUERQUE, Doutora em Sociologia pela Universidade de São Carlos (UFSCar). Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Piauí-UFPI. Atua no campo dos estudos de gênero e sexualidade. Endereço de acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0692743873687385

Francisco Weriquis Silva Sales (Mestrando em Sociologia pela UFPI)

Ianara Silva Evangelista (Mestranda em Sociologia pela UFPI)

Jahyra Kelly de O. Sousa (Mestra em Sociologia pela UFPI/Advogada)

 

EMENTA: Há décadas em curso no Brasil, a Revolução Verde tem estimulado um modo particular de relação com a natureza, implicando num modelo de progresso em que o “homem domina a natureza e a transforma em seu benefício”, com isso subtraindo a própria auto-regulação da natureza e beneficiando as parcelas dominantes das relações  entre as classes sociais. Este modelo tem provocado ameaças à sustentabilidade dos ecossistemas, intensificação de desigualdades sociais, redução da biodiversidade, ameaças à soberania alimentar e à reprodução em geral das populações campesinas. Como alternativa à modernização da agricultura hoje temos consolidada a Agroecologia, que aparece não somente como modelo de produção ecológica, mas um paradigma novo em conceber a construção do conhecimento sob o signo da troca; as relações ser humano-natureza de forma cooperativa e interdependente; os processos decisórios orientados pela democracia gerando repercussão em toda a rede de relações que se origina a partir deste ponto. Nesse processo encontram-se implicados, com a mesma relevância, tanto as técnicas adotadas para o manejo da terra, da água do ar, dos resíduos e dos insetos, como os processos relativos à comercialização dos produtos; à organização político-social e aos marcos culturais de cada grupo social rural, consolidando a complexidade que caracteriza a perspectiva agroecológica. Tal perspectiva amplia-se para a diversidade de atores – jovens, mulheres, rurais, urbanos – abrindo novas possiblidades de gestão dos processos de desenvolvimento territorial de base sustentável. Este GT objetiva trazer para o debate os diversos interesses que gravitam em torno da Agroecologia, realçando ainda o protagonismo das mulheres e dos jovens neste espaço, seja no âmbito da produção ou ainda da reprodução familiar e comunitária como um todo.     

PROPONENTES DO GT

MARLÚCIA VALÉRIA DA SILVA - Doutora em Sociologia Política (UFSC), Com Pós-Doutorado em CPDA-UFRJ

CRISTIANE LOPES CARNEIRO D’ALBUQUERQUE – Doutora em Agronomia (produção vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

MARIA APARECIDA MILANEZ CAVALCANTE – Mestra em Sociologia (UFPI).

GT 3 - Agroecologia: dinâmicas, processos e atores sociais. (envio de trabalhos: grupodetrabalho3sacs@gmail.com)

GT 4 - Povos e comunidades tradicionais, territorialidades e sociambientalismo. (envio de trabalhos: grupodetrabalho4sacs@gmail.com)

EMENTA: O modo diferenciado como algumas comunidades mantém suas formas de organização e produção em simbiose com a natureza tem sido alvo de debates na contemporaneidade, considerando o reconhecimento da pluralidade cultural de diversos grupos e a necessidade de proteção diferenciada que as comunidades tradicionais necessitam para efetivação de seus direitos. Tem-se debatido muito a respeito dos impactos dessas comunidades na natureza e o papel que as mesmas desempenham na preservação do meio ambiente. Desse modo, este grupo de trabalho tem como objetivo discutir e refletir sobre as comunidades tradicionais, seus modos de viver e se relacionar, suas questões identitárias e a proteção legal a elas conferida. Do mesmo modo, se propõe a discutir a relação das comunidades com o território, sua relação com o meio ambiente, a garantia formal para a titularidade das terras em que vivem e os conflitos advindos das disputas pela propriedade e dos projetos desenvolvimentistas. Em virtude de suas características particulares e por povoarem territórios, muitas vezes, alvo de disputas para extração de recursos naturais, as comunidades são participantes de diversos conflitos socioambientais na tentativa de garantia dos direitos assegurados em diplomas internacionais dos quais o Brasil éé signatário, bem comocomo direitos previstos na Constituição Federal de 1988. São bem vindas, desse modo, problematizações acerca da ideia de desenvolvimento e da forma como esta afeta a vida das pessoas de forma diferenciada, considerando a dificuldade de promoção de um desenvolvimento que seja sustentável e que os ônus do desenvolvimento costumam recair sobre grupos já vulnerabilizados.. Espera-se, neste GT, a promoção de diálogos, reflexões, questionamentos e propostas a partir de pesquisas iniciais e concluídas sobre os temas em questão, por meio de variadas propostas metodológicas.

PROPONENTES DO GT

Malú Flávia Pôrto Amorim, Professora (Faculdade Maurício de Nassau), Mestra em Sociologia (UFPI), Especialista em Direito Ambiental e Urbanístico (Anhanguera – Uniderp/LFG), Bacharela em Direito (UESPI). Participante do Grupo de Pesquisa e Extensão Direitos Humanos e Cidadania – DiHuCi (UFPI). Pesquisa direitos humanos, socioambientalismo, comunidades tradicionais, justiça ambiental e litigância estratégica.

 

Mayara Maia Ibiapina, Bacharela em Turismo (UFPI) e Especialista em Gestão Ambiental (ISEPRO). Atualmente é Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisadora sobre questões socioambientais e comunidades tradicionais e professora substituta no curso de Turismo (UFPI).

GT 6 - Problemáticas Socioambientais em contexto: Disputas classificatórias e os impactos de projetos de desenvolvimento (envio de trabalhos: grupodetrabalho6sacs@gmail.com)

EMENTA: O presente grupo de trabalho tem como objetivo promover o encontro, e o debate, entre pesquisadores que se dedicam a analisar as relações entre a democracia brasileiras e as várias formas de participação e contestação política. Desta forma o GT procura agregar trabalhos tanto no âmbito teórico da formação e interação entre estes conceitos na democracia contemporânea, quanto trabalhos focalizados em temas tais como: (1) as formas de participação política que se desenvolveram no Brasil pós Constituição de 88, como os atores da sociedade civil passam a se relacionar com o Estado brasileiro; (2) o que as novas modalidades de participação política: coletivos; ocupações; marchas tem a nos dizer sobre a representação política ; (3) quem são e como agem os novos atores coletivos a relação entre demandas por reconhecimento e novas formas de ação política; (4) as lutas por reconhecimento e a construção de novas demandas: gênero, etnia, pertencimento. Serão admitidos tanto trabalhos já finalizados como trabalhos em andamento de graduandos; graduados e pós-graduandos.

PROPONENTES DO GT

BARBARA JOHAS, professora do bacharelado em ciências sociais- UFPI/ coordenadora do DOXA-Grupo de estudos sobre Teoria Política Contemporânea.

EMENTA: O atual contexto sociopolítico desafiador nos impulsionou a propor a realização deste Grupo de Trabalho. Tal contexto apresenta um conjunto de problemas que passa pela dinâmica das disputas territoriais, resistências ao desenvolvimento predatório sobre Terras indígenas, comunidades quilombolas e de povos tradicionais, como ciganos, ribeirinhos e pescadores, ou mesmo grupos que vivem em cidades enfrentando violentos projetos de reordenamento do espaço urbano, com consequentes remoções, onde não lhes são garantidas condições mínimas de participação e decisão. De igual modo, a gramática do desenvolvimento é extensa e multifacetada com extensos processos de exclusão. Embora não seja possível dar conta de todas essas variáveis, é necessário ressaltar a natureza dinâmica e as múltiplas agências envolvidas em projetos de desenvolvimento. De igual modo, as comunidades e coletivos organizados têm tentado fazer visível ao mundo novas formas de resistência, construção e de organização social. Neste sentido, nossa proposta busca colocar em primeiro plano as múltiplas formas de mobilização e construção de coletivos (indígenas, quilombolas, campesinos, urbanos, etc), a partir da resistência às lógicas e projetos (mineração, hidrelétricos, agroextrativistas, etc,) que provocam conflitos socioambientais. Acreditamos na possiblidade de que alguns aportes conceituais e metodológicos oferecidos pela etnografia ofereçam dados complementares às análises da ‘ecologia política’, campo de pesquisa centrado nesses conflitos. Assim, esperamos que este momento propicie um amplo debate e troca de informações preciosas sobre pesquisas em andamento, acolhendo estudiosos/as de diferentes temáticas que se veem em face de desafios semelhantes.

 

PROPONENTES DO GT

MÁRCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA, (Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia). Possui Graduação em Sociologia, Graduação em Antropologia, Mestrado e Doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília. Linha de pesquisa: Etnologia Indígena, História Indígena, Território, Concepções de Espaço e lugar, Cosmologia e relações com a alteridade.

Luciana Soares da Cruz, (Professora de História do Instituto Federal do Piauí - IFPI, no Campus Valença do Piauí). Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI (2004), especialização em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (2005). Áreas de Pesquisa: Antropologia da Criança, Comunidades Quilombolas, Ensino, Patrimônio e História da África e Afro-brasileira. Mestre em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Piauí.

GT 7 - Democracia, conflito e representação política: a relação entre atores sociais e o estado.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho7sacs@gmail.com)

GT 8 - O ensino de sociologia na Educação Básica brasileira: trajetória, formação e desafios da prática docente.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho8sacs@gmail.com)

EMENTA: A presente proposta de grupo de trabalho tem como meta promover o diálogo entre pesquisadores, estudantes e professores da educação básica sobre a trajetória histórica do ensino de sociologia no Brasil e os desafios na formação e prática docente. Nesse sentido o GT procura agregar trabalhos de graduandos e pós-graduandos que promovam a reflexão e a problematização de três temáticas centrais: 1) Trajetória do ensino de sociologia na educação básica brasileira; 2) Formação de professores e 3) Prática docente.

 

PROPONENTES DO GT

Saulo Albuquerque Gomes, Possui licenciatura plena em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialização em Ensino de Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrado em educação pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Presidente Prudente. Atualmente é professor efetivo de Sociologia no curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC) da Universidade Federal do Piauí, Campus de Floriano – PI.

GT 9 - Antropologia, diversidade e educação: perspectivas transdisciplinares sobre bullying escolar.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho9sacs@gmail.com)

EMENTA: Este grupo de trabalho se propende à um diálogo entre as múltiplas possibilidades teóricos epistemológicos sobre os processos de interação que ocorrem no interior da escola, notadamente aqueles associados a temática do bullying, gerados por situações de preconceitos e discriminação (preconceito de gênero, de etnia e religião) que desencadeiam situações de violência no cotidiano escolar gerando segregação, exclusão e indiferença em relação ao outro. Neste GT, refletiremos sobre experiencias que - além de conceituarem, descreverem e analisarem a temática - tragam novos modelos, métodos e tecnologias pedagógicas interventivas hábeis a prevenir, cuidar e reduzir os danos causados por preconceitos, intimidações sistemáticas e demais tipos de violência persistentes nas sociedades modernas, mas que comprometem a vida, a saúde, o bem-estar e as dinâmicas sociais inerentes aos contextos escolares em territórios brasileiros e estrangeiros.

 

PROPONENTES DO GT

RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO, Departamento de Ciências Sociais – UFPI,Programa de Pós-graduação em Antropologia – PPGAnt/UFPI

WAGNER LINS LIRA,  DOUTOR EM ANTROPOLOGIA (PPGA/UFPE), Pós-Doutorando em Educação (PPGECI/FUNDAJ/UFPE), Pesquisador do Grupo de Estudos da Transdisciplinaridade, da Infância e da Juventude (GETIJ/UFRPE)

GT 10 - Metodologia e Construção do Conhecimento nas Ciências Sociais. (envio de trabalhos: grupodetrabalho10sacs@gmail.com)

EMENTA: O objetivo deste Grupo de Trabalho é promover um debate e reflexão sobre os questionamentos que envolvem as perspectivas teóricas, as metodologias e a construção do conhecimento cientifico em pesquisas sociais e documentais nas ciências sociais, a fim de problematizar a respeito das nuances e compreensões sobre o fazer sociológico, antropológico e político, tendo como paralelo a situação socioeconômica e política vivenciada no âmbito do constructo científico, principalmente na área das ciências humanas e das ciências sociais aplicadas, já que o “o conhecimento cientifico não faz mais do que provar suas virtudes de verificação e de descoberta do universo, da vida, do homem” (MORIN, 2002, p. 15). Nossa intenção é discutir as dificuldades em construir o conhecimento científico no Brasil, em especial no Piauí, além de fazer debates sobre o diálogo entre os saberes e as formas de construir o conhecimento, as experiências e vivencias de fazer pesquisa nas ciências sociais, além de “mostrar que a pesquisa não se reduz a certos procedimentos metodológicos,  exigindo criatividade, disciplina, organização e modéstia, baseando no confronto entre o possível e o impossível, entre o conhecimento e a ignorância” (GOLDENBERG, 2004, p. 13). Também será abordado as concepções acerca da construção do saber científico mediante os espaços ofertados no âmbito da pesquisa, incluindo a transformação do indivíduo na relação com a construção e colaboração da ciência. A seção temática será dividida em três eixos principais: 01) as perspectivas teóricas na construção do conhecimento, 02) a interdisciplinaridade dos saberes e 03) as metodologias e técnicas no delineamento da pesquisa, . No primeiro eixo caracteriza as concepções teóricas e epistemológicas de construir conhecimento cientifico nas ciências sociais. No segundo eixo focará sobre o dialogo estabelecido entre os diversos saberes encontrados na academia e no campo de pesquisa. No terceiro eixo diz respeito sobre as abordagens metodológicas, as técnicas e as experiências de realiza uma pesquisa social e documental.

 

PROPONENTES DO GT

BRUNA KARINE NELSON MESQUITA, Mestre em Sociologia (2016) e licenciada em Ciências Sociais (2014) pela Universidade Federal do Piauí. Atualmente professora substituta do Instituto Federal do Piauí, campus Paulistana. Foi tutora à distância e professora orientadora da especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio pelo Centro de Educação à Distância da Universidade Aberta do Piauí - CEAD/UAPI. Atuou como professora contratada da Faculdade CET (2016). Endereço eletrônico para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/8406124563086205.

TIAGO FERREIRA DE SOUSA NETO,  Mestre em Sociologia (2016) e bacharel/licenciado em Ciências Sociais (2012) pela Universidade Federal do Piauí. Foi professor orientador da especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio Pelo Centro de Educação à Distância da Universidade Aberta do Piauí – CEAD/UAPI (2017). Endereço eletrônico para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/0619011359107892.

GT 11 - Povos e comunidades tradicionais: mobilizações identitárias e direitos diferenciados. 

(envio de trabalhos: grupodetrabalho11sacs@gmail.com

EMENTA: O grupo de Trabalho reunirá pesquisas realizadas na área das ciências sociais e humanas, que contemplem povos e comunidades tradicionais tais como indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, ciganos, ribeirinhos, pescadores e povos de terreiros. A pretensão é refletir sobre os processos de mobilizações identitárias empreendidas pelos que compõem estas coletividades, as situações de preconceito e discriminação vivenciadas, o contexto das interações e as relações que se estabelecem em vista do reconhecimento das identidades coletivas e o estabelecimento de direitos diferenciados.

 

PROPONENTES DO GT

Carmen Lúcia Silva Lima, Doutora em Antropologia pela UFPE, professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

L’Hosana Ceres de Miranda Tavares, Mestra em Antropologia pela UFPI, professora do Instituto Federal do Piauí (IFPI)

GT 12 - Juventudes, lazer e o direito à cidade: um debate interseccional entre raça, classe e gênero.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho12sacs@gmail.com)

EMENTA:  As sociabilidades juvenis são marcadas indelevelmente pelos recortes de raça, classe social, etnia, gênero, religião, mundo urbano ou rural, etc., constituindo-se, dessa forma, como heterogêneas. Segundo o autor George Simmel (2006), as relações de sociabilidade podem ser compreendidas como práticas e posicionamentos dos indivíduos impulsionados por suas interações que ocorrem em espaços concretos e resultam de necessidades e interesses sociais específicos. Assim, os grupos juvenis inauguram sociabilidades próprias, regidas por regras de pertencimento e mediadas por suas diferenças. Desse modo, é um equívoco pensar a juventude como etapa da vida homogênea, uniforme e condicionada apenas a limites de faixa etária. Podemos falar em juventudes (no plural) dada as diferentes culturas juvenis decorrentes das desigualdades entre as classes, as relações de poder, os interesses e oportunidades ocupacionais, entre outros aspectos (PAIS, 1990). Nesse segmento, os lazeres juvenis também ocorrem numa perspectiva caracterizada pela diversidade cultural, haja vista que as relações de sociabilidade e condições materiais de vida dos sujeitos perpassam por diferentes formações sociais e culturais que podem influenciar o modo como o lazer é vivenciado e produzido pelas juventudes (MARTINS; SOUZA, 2007). Para Marcellino (2008), há barreiras interclasses sociais (econômicas, sociais, de instrução) e intraclasses sociais (faixa- etária, gênero, violência, esteriótipos, etc.) que inibem o desenvolvimento do lazer na cidade. Ademais, o autor ressalta que as oportunidades desiguais de apropriação do espaço constituem-se como uma das principais barreiras para o acesso ao lazer. Juventudes, lazer e cidade são questões interconectadas, presentes, inclusive, no Estatuto da Juventude (2013) que estabelece a cidade e o lazer como direitos juvenis. Portanto, falar em direito ao lazer também significa falar em direito à cidade, uma vez que ela própria configura-se como um grande equipamento de lazer marcado por diferenças, desigualdades e disputas (MAGNANI, 2015). Nesse contexto, é preciso evidenciar que direito à cidade é mais do que um direito de acesso individual ou grupal aos recursos que são ofertados; é um direito de mudar e reinventar a cidade de acordo com nossos desejos, questão que depende do exercício de poder coletivo sobre o processo de urbanização (HARVEY, 2014).

Diante disso, buscamos provocar discussões de trabalhos que possam contribuir com o estudo das diferentes juventudes interpelando práticas e criações do lazer como estilo de vida e o direito a cidade. Compreendendo suas relações de sociabilidades e a construção de valores e comportamentos específicos a partir de trajetórias e experiências de vida, considerando o espaço-tempo em que os processos de socialização e subjetivação são produzidos e reproduzidos. Tendo em vista diferenças de raça, gênero, classe social e disputas de autoafirmação, e assim, inquerindo sobre suas identificações, pertencimentos, conflitos e o lugar das juventudes. Os jovens nas múltiplas identidades de gênero, raça, etnia e classe, urbanizados ou não, estão sendo atualmente a ponta do iceberg das diversas teorias na sociologia, antropologia, pedagogia, psicologia, economia e até mesmo na arte. A consequência metodológica para as ciências sociais é de uma revisitação e revisão histórica que evidenciem transformações epistemológicas, incluindo contextualização do próprio pesquisador, onde o lugar, o gênero, raça/etnia e classe assumem como variáveis de condição necessária (mas não suficiente) para uma análise sociológica que seja um estudo que permita os interstícios das múltiplas dimensões da realidade, e para tanto, desconstruir modelos que sobrecarregam as categorias, tornando-as estigmatizantes, segregadoras e também reprodutoras de dispositivos que apontam para a patologização das identidades e por fim torna-se uma heteronorma nas pesquisas.

 

PROPONENTES DO GT

                                                                                                                     

Tayná Egas Costa, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Sociologia/ UFPI

Ana Hilda Lima do Vale, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Sociologia/ UFPI

Yasmin Feitosa C. de Moraes, Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Sociologia / UFPI

GT 13 - As narrativas da cidade: (re) inventar o espaço urbano. (envio de trabalhos: grupodetrabalho13sacs@gmail.com)

EMENTA:  Este Grupo de Trabalho direciona seu olhar para as cidades brasileiras, e as expressões da questão social no ambiente urbano, com foco nos processos criativos de movimentos sociais e coletivos culturais que atuam na mobilização de estratégias de produção e (re) produção do espaço citadino. Entendendo cidades como espaços marcados por códigos e símbolos que sustentam um complexo sistema de relações sociais entre os indivíduos, busca-se refletir com pesquisas desenvolvidas nos campos da sociologia, antropologia, políticas públicas e áreas afins na perspectiva de como os sujeitos produzem territórios, expressam emoções e expõe relações complexas, (re)inventando criativamente o espaço urbano. Pretende-se, com isso, ampliar o debate com o suporte teórico a partir dos autores: Certeau (2012), Lefébvrè (2015), Velho (2013), Maricato (2003; 2005), Le Breton (2009), Koffes (2001), dentre outros.

PROPONENTES DO GT

                                                                                                                     

Francisca Daniele Soares do CarmoMestre em Sociologia – UFPI

Nayra Joseane e Silva SousaMestre em Antropologia – UFPI

Tâmara Caroline da Silva Coimbra Ramos​Mestranda em Antropologia – UFPI

GT 14 - Diálogos: os ecos do direito à cidades, à política e à diversidade na literatura. 

(envio de trabalhos: grupodetrabalho14sacs@gmail.com)

EMENTA:  A literatura, assim como as demais artes, pode demonstrar o seu compromisso com o meio social. Por meio de um engajamento e uma atitude política, ela visibiliza as situações e xs sujeitxs que foram postos as margens da/pela própria sociedade. Através da ficção, situações de violências de gênero, questões políticas e interseccionais são postas em xeque. Nessa perspectiva, esse Grupo de Trabalho objetiva dialogar com as interfaces literárias e sociais, no que diz respeito ao direito que as personagens possuem em habitar espaços públicos, modernos e/ou pós-modernos, como também a política e a diversidade, nas quais estxs sujeitxs estão inseridxs. A proposta é de caráter bibliográfico, temos como embasamento teórico as concepções de Candido (2010), Spivak (2010), Carneiro (2003), Bell Hooks (2015), Butler (2003), Scott (1990) e Bhabha (1998). Partindo de concepções relacionadas ao gênero, à sexualidade e ao feminismo negro e aos próprios atravessamentos por estar em diversos espaços, podemos observar escritorxs que abordam em suas literaturas o cotidiano de homens, mulheres, jovens e crianças que cruzam os paradigmas opressivos em busca de sobreviver à modernidade ou pós-modernidade e ao discurso que oprime aquelxs que não estão dentro dos padrões, que não segue a normatividade ou possuem variáveis de gênero, sexualidade, raça e classe (dentre outras) que não compõe o topo da hierarquia de poder. Pensando em personagens que foram esteriotipadxs pelo discurso hegemônico, propomos análises e reflexões em que possamos desconstruir tais discursos e tentar construir novos olhares, repensando e criticando aquilo que foi imposto como natural, como também pensando na diversidade existente e construções identitárias que habitam os entre-lugares.

PROPONENTES DO GT

                                                                                                                     

MARIA DO DESTERRO DA CONCEIÇÃO SILVA, (PPGEL/UFPI), Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária. Atualmente cursa pós-graduação a nível de Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal do Piauí. Faz parte do Grupo de Pesquisa: Teseu, o labirinto e seu nome, coordenado pelo professor Doutor Alcione Corrêa Alves. Vem realizando pesquisas sobre a violência de gênero na literatura afro-brasileira, principalmente, em obras da escritora Conceição Evaristo.

SARA REGINA DE OLIVEIRA LIMA, (PPGEL/UFPI), Atualmente cursa Mestrado em Literatura pela Universidade Federal do Piauí, desenvolvendo pesquisas nas áreas relacionadas a sexualidades e diversidades, e seus possíveis diálogos com a Literatura, Cinema e Música. Tem experiência na área da Educação, com ênfase no ensino de Língua Inglesa. Participou do Programa Pibid- Inglês pela Universidade Estadual do Piauí.

 

GT 16 - Práticas afro-brasileiras e suas interfaces com a dimensão política no Brasil contemporâneo.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho16sacs@gmail.com)

EMENTA:  O GT tem como objetivo reunir trabalhos cujo objeto central seja a relação entre corpo e cultura, especialmente aqueles que se aproximem de discussões sobre processos de subjetivação, transformações corporais e o papel da experiência encarnada na produção de sentidos sobre o mundo. A presente proposta vincula-se teórica e metodologicamente à fenomenologia de Maurice Marleau-Ponty, à praxeologia de Pierre Bourdieu e à noção de embodiment de Thomas Csordas. De qualquer maneira, para além das pesquisas afinadas com esse campo de produção e desenvolvidas no âmbito da antropologia e sociologia, pretendemos acolher trabalhos que contribuam para um diálogo transdisciplinar com outras áreas como: História, Psicanálise, Psicologia, Educação Física, Medicina, Biologia, dentre outras. Dessa forma, abriremos espaço para investigações acerca da questão das corporalidades em interseção com temas como a experiência de saúde e da doença, os processos terapêuticos, a vivência da deficiência, as práticas e técnicas corporais nas esferas do esporte, do lazer e da arte.

PROPONENTES DO GT

                                                                                                                     

Mônica Araujo, (DCIES e PPGANT/UFPI)

Lídia Noronha, (DCIES e PPGANT/UFPI)

GT 15 - Corpo, cultura e subjetividade.

(envio de trabalhos: grupodetrabalho15sacs@gmail.com)

EMENTA:  Considerando o atual cenário político brasileiro, permeado por retrocessos de direitos sociais adquiridos durante a curta e recente história democrática brasileira, entendemos ser necessário refletir sobre as condições de produção e reprodução cultural de segmentos minoritários em nossa sociedade. No decorrer dos 3 últimos séculos as manifestações afro-brasileiras tem sido alvo de intolerância e violência (física e simbólica) e, mesmo no século XXI, apesar de uma série de instrumentos jurídicos que visam resguardar tais manifestações, tais como a patrimonialização cultural e a liberdade de expressão religiosa, vemos constantemente inúmeros casos violência direcionados aos espaços e crenças associados às práticas afro-brasileiras. Neste GT, propomos pensar as práticas afro-brasileiras e sua interface com a dimensão política (em termos raciais, de gênero e territoriais), os conflitos, as estratégias de resistência e as novas configurações resultantes desses fenômenos.

Entendemos como “práticas afro-brasileiras” aquelas manifestações culturais africanas entendidas como “motrizes culturais” (LIGIERO, 2011), ou seja, aquelas que tenham suas origens atreladas à diáspora africana, sejam elas entendidas como “sincréticas” ou, ao contrário, “anti-sincréticas” (STEWART e SHAWN, 1994). Nesse conjunto, podemos citar, entre outras manifestações, o Candomblé, a Umbanda, o Tambor de Crioula, o Samba e a Capoeira, entre outras. O GT visa receber propostas de trabalhos que reflitam criticamente as estratégias de resistência/reivindicação política produzidas pelos agentes envolvidos em tais práticas afro-brasileiras, sejam elas no plano discursivo, como, por exemplo, a construção da noção de “povos e comunidades tradicionais de matriz africana” (MORAIS & JAIME, 2017) ou em “ações”, sejam em esferas formais (escolas, câmara de vereadores, parlamentos, etc) ou em esferas informais (Internet, movimentos sociais, expressões artísticas, manifestações espontâneas ou organizadas em espaços públicos, etc). Por fim, privilegiaremos trabalhos de cunho etnográfico que demonstrem a produção e reprodução do que podemos chamar de “práticas políticas afro-brasileiras”.

 

PROPONENTES DO GT

                                                                                                                     

CELSO DE BRITO, Professor Adjunto do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Realizou Pós-Doutorado em Antropologia na mesma instituição, doutorado em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, mestrado em Antropologia Social na Universidade Federal do Paraná - UFPR e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Atuou no Centro em Rede de Investigação em Antropologia da Universidade Nova de Lisboa (CRIA/FCSH/UNL) e no Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) como pesquisador visitante. Atuou também como pesquisador bolsista no Departamento de Antropologia da Universidade Lumière Lyon 2. Tem interesse em Antropologia das Populações Afro-brasileiras, Antropologia do Transnacionalismo e Antropologias econômica e política.

 

ROSÂNGELA JANJA COSTA ARAÚJO, Professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia /UFBA. Graduada em Historia pela Universidade Federal da Bahia/UFBA, possui Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo/USP. É Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/NEIM (UFBA) e pesquisadora do A Cor da Bahia ? Programa de Pesquisa e Formação em Relações Raciais, Cultura e Identidade Negra na Bahia (UFBA). Tem trabalhos na interface dos estudos sobre gênero, raça, cultura e desenvolvimento. Também desenvolve pesquisas sobre ações afirmativas em educação e cultura afro-brasileira com foco nos estudos sobre capoeira, cultura e religiões de matrizes africanas. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) e do Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar de Difusão do Conhecimento/DMMDC-UFBA. Coordenadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher. Órgão Complementar da Universidade Federal da Bahia - NEIM/UFBA. Mestra de Capoeira Angola e co-fundadora e coordenadora do Instituto Nzinga e Estudos da Capoeira Angola e Tradições Educativas Banto no Brasil/INCAB. Vice-presidenta do Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher- CDDM/BA

 

GRUPOS DE TRABALHOS

Será aceito somente um trabalho por pesquisador

(mesmo na condição de autor ou co-autor)

PRORROGADO: Envio de trabalhos até 19 de novembro de 2017 (domingo) 

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